POETA VIVO NA LEMBRANÇA DE PALMEIRA – Milonga
Letra:
Quando se vai um poeta,
A palavra se esvazia.
Findam-se estrofes e rimas,
Morre um pouco a poesia.
Se fecham numa gaveta
Esboços de verso antigo,
Que guardam a dor e o pranto
De quem perdeu um amigo.
"Quando se finda seu tempo",
Resta um poema acabado,
Caderno passado a limpo,
Sem linha em branco ou riscado.
Vira poeira nos caminhos,
Bicharada "voando as tranças"
E o canto xucro dos galos,
Pra que, nalgum intervalo,
Possa voltar em lembrança!
No canto Xucro dos galos
Possa voltar em lembrança
O poeta deixa em versos
A eternidade da essência,
Nesse livro que se fecha,
Mas que não perde a existência.
Pois, quando parte um poeta,
Sua estrela fica brilhando,
Num fragmento de vida,
Que a gente segue cantando!
"Quando se finda seu tempo",
Resta um poema acabado,
Caderno passado a limpo,
Sem linha em branco ou riscado.
Vira poeira nos caminhos,
Bicharada "voando as tranças"
E o canto xucro dos galos,
Pra que, nalgum intervalo,
Possa voltar em lembrança!
No canto Xucro dos galos
Possa voltar em lembrança