HÁ UM SÉCULO E MEIO - Chamarra

Recitado:

História e pertencimento não se compra ou negocia!

Sentimento não se ganha, assim, da noite pro dia!

Essa terra lembra, ainda, a Vila Velha como esteio

do início - de tudo isso - há um século e meio!

Ele:

Um vento bate nos galhos cá no centro de Palmeira

e, nesse instante, parece que - de alguma maneira -

o passado vem contando, relatos que se recorda,

para as ruas e as calçadas que ele, aos poucos, acorda!

Ela:

Diz que lembrar João de Barros, tropeando mulas, conduz

rememorar o povoado junto da Praça da Cruz!

Que ainda escuta as palavras de uma bênção especial

para a Matriz Santo Antônio na pedra fundamental!

Ele:

As casas de pau-a-pique e o velho umbu germinando,

as safras da erva-mate e a Vilinha se alterando!

Das batalhas ele lembra - com tantas recordações -

do rastro de mil pegadas timbradas com Pés no Chão!

Ela:

O passado ainda escuta os ervateiros na Praça,

comércio feito nas matas e os ideais que ele abraça!

Lembra de cada processo e esse ritual que se alonga

desde o plantio ao encontro da erva com cuia e bomba!

Juntos:

Por fim falou do Carijo, que é onde a arte se rende

a homenagear a cidade, que tanto amor nos transcende.

Nós passeávamos juntos - pelo centro da cidade -

e vimos essa conversa com os olhos da saudade!

São Cento e Cinquenta Anos dessa Terra, sim senhor!

História é herança que o tempo nos delegou com amor!

O Carijo é o Testamento que entrega - dia após dia -

pra juventude os valores de orgulho e cidadania!

Recitado:

O vento é a voz do passado que nos chega alguma hora…

Pertencimento é estar longe, sem nunca ter ido embora!

Pois o Carijo é um luzeiro que em todas as direções

 

mostra o caminho de volta pra Palmeira das Missões

Por favor, aguarde enquanto o processo é concluído...