CINZA SOPRADA – Chamamé
Letra:
Do galpão que mora em mim
Num borralho atemporal...
Inquietudes dão guarida
Sentida...
Que será?
Mescla dor e picumã...
Diz que a solidão é companheira
Tira da saudade
Fumaçear que arde
Num afastamento singular.
De cinza, encoberta,
Dorme a paz do cerne
E o Pesqueiro venta,
Desfaz o silêncio
Feito mão de seda
Quando a brisa invade
Pelo vão da frincha
Arreda cobertas
E a brasa inda viva
Torna em labareda.
Misteriosamente o sentimento
Sopra seus clarins no coração!
Há os amigos que se vão
Sem vontades pra seguir...
Bem antes, talvez, da hora
Agora
Só partir...
Quando retornar a cor
Restarão lições pra vida inteira
Carregar consigo
Coração de amigo...
Boa velha “estância” no porvir!