A ALMA DA PALMEIRA – Milonga
Esse meu jeito meio bugre missioneiro
aquerenciado nesse pago onde nasci
Sou qual um cerne, sou a história dessa terra
desde os primórdios eu me encontro por aqui
Eu fui a erva nos teus matos do passado
ruas estreitas na palmeira das tropeadas
antes rebanho, hoje a soja verdejante
E o céu profundo das tuas noites estreladas
Fui vento forte se achegando da fronteira
E o sol queimando o chão vermelho nos estios
eu fui a chuva a abençoar a plantação
Fui maragato, sangue vivo da palmeira
fui o carijo, o pé-no-chão, povo de brio
sou teu passado, tua alma e coração