Baile do Liberato
Letra:
Na invernada da memória
Campeio reminiscências.
Na cadência da cordeona
Nos fandangos da querência.
O baile iniciava cedo
Logo assim que o sol entrava
A moçada ia chegando
E o fandango se encorpava.
O mulato “Seu” Gregório
Gaiteiro bueno de fato
Golpeava a oito baixos
No baile do Liberato.
NO RETRECHO DA CORDEONA
LEVANTAVA A POLVADEIRA
NAQUELE BAILE CAMPEIRO
DA MINHA VELHA LMEIRA
Cruzando da meia-noite
O Liberato mui afoito
Mandava parar a gaita
Para um café com biscoito.
Morena de olhos grandes
Dançadeira e de bom trato
Era destaque da sala
A filha do Liberato!...
Na dança era um pé-de-valsa
Uma pluma em movimento...
Fisgava os moços com os olhos
Tentiando um bom casamento.
No calor de um afago
A noite passa ligeira,
Nos braços de uma morena
Embalando uma vaneira
E quando clareava o dia
Na madrugada pampeana
Já ficava o par tratado
Pro outro fim de semana.